Primeira cerveja. Primeiro trote. Primeiro amigo. Primeiro amor. Últimas palavras.
O livro mostra detalhadamente a influência que uma vida pode ter sobre outra.
Miles Halter vivia com seus pais na Flórida, e não era um menino de muitos amigos, ou pior, nenhum! Ele tinha um gosto peculiar: memorizar as últimas palavras de grandes personalidades da história. Uma dessas personalidades, François Rabelais, um escritor do século XV, disse no leito de morte que ia em “busca de um Grande Talvez”. Para não ter que esperar a morte para encontrar seu Grande Talvez, Miles decide fazer as malas e partir. Ele vai para a Escola Culver Creek, um internato no ensolarado Alabama. Depois disso nada nunca mais foi ou voltará a ser igual.
Na escola ele conhece Alasca Young. Inteligente, engraçada, louca e incrivelmente sexy, ela tem em seu livro preferido, O general em seu labirinto, de Gabriel García Márquez, a pergunta para a qual busca incessantemente uma resposta: “Como vou sair desse labirinto?”, Alasca vai arrastar Miles para seu labirinto e catapultá-lo sem misericórdia na direção do Grande Talvez. Miles se apaixona por Alasca, mesmo sem entendê-la, mesmo tentando sem sucesso decifrar o enigma indecifrável de seus olhos verde-esmeralda.
A idéia principal do livro é falar de algumas incertezas nos quais passamos uma vida inteira tentando entender, e muitas pessoas morrem sem obter uma resposta. Buscar uma resposta para tudo às vezes não parece uma escolha muito inteligente, quando olhamos pela ótica de que legal mesmo é o todo o percurso que faremos para alcançar o que almejamos.
Miles era um menino muito complexado e o fato de estar passando pela adolescência piorava ainda mais suas inseguranças, até o dia que conheceu Alasca que era totalmente o contraio dele, uma menina que sabia o que queria, determinada, tinha uma opinião formada sobre quase tudo. E embora Alasca demonstrasse tamanha autenticidade ela também sofria com uma fraqueza que nunca se preocupou em demonstrar a ninguém, o que nos ensina que nem tudo é o que parece ser.
No começo senti um pouco de tédio por que o autor se prente ao contar detalhes das travessuras de escola e algumas coisas de adolescentes inconsequentes, por diversas vezes achei que os personagens embora fossem muito descolados eles era pessoas vazias e que se prendiam a costumes a habitos superfulos para se sentirem completos. O drama começa a ficar instigante e envolvente a partir do meio do livro, morre completamente todas as expectativa de um final previsível para o leitor.
A edição do meu livro é comemorativa de 10 anos, que vem com bônus de algumas cenas cortadas das edições anteriores e algumas perguntas e curiosidades dos leitores no qual o autor John Green responde precisamente a todas e faz você se sentir meio bobo por não ter prestado atenção em detalhes que poderiam ter te ajudado a desvendar todo mistério.
Por fim, é um livro genial no qual recomendo para qualquer pessoa que esteja se sentindo em um labirinto de emoções ou esteja incansavelmente em busca do seu grande talvez.
